Agradeci com um sorriso e fechei a porta. Fiquei a ver Bratt ir embora e só depois de deixar de avistar o carro a que entrei na biblioteca.
Na entrada estava uma rapariga ainda nova a mexer no computador. Perguntei-lhe onde poderia ter acesso aos artigos e registos de há 10 anos atrás e ela levou-me até à cave.
- É aqui, se precisar de alguma coisa é só chamar.
- Ok, obrigada.
Liguei um velho projector e comecei a ver jornais. Durante cerca de duas horas vi jornais velhos que em nada me ajudaram. No entanto, quando já tinha perdido a esperança encontrei aquilo que procurava.
“Louco comete massacre em Barrow matando mais de 100 pessoas.” No entanto não foi isto que me chamou à atenção. Mais abaixo, durante o relato do que se tinha passado estava escrito “Os 3 sobreviventes, que se encontram agora no hospital psiquiátrico de St.Barrow estão em estado de choque. Afirmam que o massacre foi levado a cabo por um grupo de vampiros que chegou à Barrow pouco depois do anoitecer.”
A notícia continuava com o relato de médicos sobre o que pensavam sobre a condição dos sobreviventes. Muitos diziam que por não quererem aceitar o facto de um ser humano ser capaz de tanta maldade atribuíam as culpas a figuras mitológicas que pensam retratar o seu perseguidor. Nem eles imaginavam que aquelas pobres pessoas tinham razão.
Senti frio nas costas. Virei-me para ver se a porta se tinha aberto acidentalmente, mas o que vi surpreendeu-me.
Ryan tinha aberto a porta. Estava especado a olhar para mim.
- Tu estavas com eles, não estavas? – Disse eu.
- Sim, estava Sarah. – Respondeu Ryan baixando a cabeça. – Foi um período na minha existência em que andei perdido, e não me preocupava com o que fazia. Deixei-me levar e…é o que tu vês. Mas agora temos de sair daqui Sarah. Não é seguro.
- Não, não posso ir Ryan, lamento. – E virei-lhe as costas.
Ryan abraçou-me. Debati-me durante algum tempo nos seus braços sem que ele me largasse, mas a verdade é que sentia falta dele, pelo que me deixei ficar envolta naquele abraço.
- Tens de ir Sarah. O que aconteceu há 10 anos atrás não é um acto isolado. Todos os anos voltam e cometem outro massacre. Mas ficaram mais espertos ao ponto de esconderem a sua presença. Não estás segura aqui.
Estava aterrorizada. Estava precisamente no sítio onde iria ocorrer outro massacre.
- Preciso de ir buscar as minhas coisas à residência.
- Não há tempo, temos de ir já.
Ryan agarrou-me a mão e começamos a correr para a entrada onde estava um carro à nossa espera.
Íamos o mais depressa que nos era permitido, estava a escurecer e precisávamos de sair dali o mais depressa possível.
Chegamos finalmente ao pequeno aeroporto e dirigimo-nos ao balcão onde fomos informados que o ultimo voo já tinha partido.
Conseguia ver a fúria estampada na cara de Ryan.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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