O que achas dos excertos do novo "Danger in Heaven"?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Anónimo

No dia seguinte Ryan estaria de volta a escola e tinha de lhe contar tudo, Diane insistira que assim o fizesse e eu concordava com ela até.
Saímos de casa, Diane levou-me no seu carro. Quando chegamos à escola Ryan já estava no parque de estacionamento assim como Andrew e Anne. Estavam descontraídos.
Diane dirigiu-se para Andrew, e eu para Ryan. Este agarrou-me pela cintura e puxou-me para si.
Tinha estado afastada de Ryan apenas durante um dia e ainda assim sentia falta do seu toque.
Ele beijou-me uma vez, depois passou os lábios pelo meu pescoço, até ao meu ouvido.
"Senti a tua falta meu amor!" e depois sorriu-me voltando de seguida a beijar-me.
Ouvimos o toque. Desta vez desejava que não tivesse tocado. Queria ficar com Ryan, pelo menos durante um pouco mais de tempo.
Ryan levou-me á sala e despediu-se. Estava aliviada por não ter tido tempo de lhe contar o que se passara.
Durante a aula não estava atenta. Estava a tentar arranjar a melhor maneira de lhe contar.
- Estás bem? - Perguntou Anne.
- Sim, estou. - Respondi com um sorriso disfarçado.
- Mentes bastante mal Sarah.
- Desculpa. - Disse um pouco envergonhada. - Bom, eu vou contar a Ryan e penso que ele irá acabar por te contar. É que eu recebi umas mensagens estranhas no computador, a avisar-me acerca de Ryan.
Anne compôs-se na cadeira.
- Sobre o que?
- Bem, disseram que ele era perigoso. A Diane desligou o computador e não pude ver o resto.
- E sabes quem era? - Anne aparentava estar mais descansada.
- Não, não sei quem era pois quando ia perguntar foi-se embora. Queria saber quem foi, mas...não sei como faze-lo.
- Bom, sei de alguém que talvez nos possa ajudar. O Victor percebe de informática. Se falar com ele talvez nos possa dizer alguma coisa.

- Sim, se ele pudesse ajudar eu agradecia imenso.
Entretanto tocou e agora tinha de contar a verdade a Ryan.
Quando cheguei ao pé de Ryan não adiei mais.
- Ryan, precisamos de falar.
De repente Ryan ficou sério.
- Diz Sarah.
- Bom, aconteceu algo e... acho que devias saber. Alguém me mandou uma mensagem por computador. A avisar-me sobre ti.
- Como assim?
- Disseram para ter cuidado contigo, que eras perigoso.
- Estou a ver.
Ryan olhava para o chão, era possível que achasse que eu acreditava na pessoa que tinha feito aquilo?
- Ryan. - Disse eu enquanto lhe passava a mão pela face. - Eu não acredito em nada do que disseram meu amor. Sei que não és perigoso, sei que nunca me farias mal. Eu amo-te Ryan.
Ryan sorriu e beijou-me.
- Eu também te amo meu amor. E nunca mas nunca te magoarei. Prometo.
Fomos para outra aula. Ryan ficou comigo. Mas a verdade é que com Ryan ao meu lado não me conseguia concentrar na aula. Apesar de que ele ouvia atentamente o professor. Eu estava concentrada em Ryan.
Via-o quase todos os dias, e mesmo assim não me fartava. As suas feições eram perfeitas. Tudo em Ryan era perfeito.
Saímos das aulas e Ryan insistiu para que fosse ele a levar-me a casa. Depois de muito recusar tive de concordar com ele. ´
Louis tinha chegado a casa tarde e por isso estava ainda a dormir. Ryan saiu do carro e acompanhou-me até casa.
- Queres entrar? Louis ainda está a dormir.
- Não Sarah, não quero desafiar o teu pai. - Disse Ryan com um sorriso maroto.
- Vá lá Ryan. O meu pai até já gosta de ti, certamente que não se vai importar.
Ryan deu-me um beijo na testa.
- Certamente que não amor. - Sorriu-me.
E foi-se embora.
Depois de jantar com Louis e lhe contar como fora a minha tarde com Diane subi para o meu quarto.
Tinha uma nova mensagem de Ryan.
“A Anne contou-me sobre a ideia do Victor ajudar. Parece-me bem. Ligo-te mais tarde.”
Pouco tempo depois de ler a mensagem Ryan ligou-me.
- Sarah? Já falei com o Victor, ele pode ajudar-nos mas ele prefere que tragas o computador cá a casa.
- Acho que Louis não se importava. Mas se o Victor prefere assim eu levo.
- Sim, aqui tem todo o equipamento que precisa.
- Ok.
- Sarah tenho de desligar a Anne precisa de ajuda. Falamos amanha.
E desligou.
Olhei de soslaio para o computador. Não fora dotada de força, talvez fosse melhor amanha na escola pedir a ajuda de Ryan.
Estudei um pouco antes de me deitar.
Na manha seguinte acordei cedo. Queria ter a oportunidade de falar com o meu pai antes de sair.
Desci as escadas e como habitualmente Louis já estava a fazer o pequeno-almoço. Assim que cheguei sentamo-nos à mesa.
- Pai, hoje de tarde como não tenho aulas vou com Ryan. Tenho um … vírus no meu computador e o irmão dele, o Victor vai compô-lo.
- Hum, parece-me bem querida.
Acabei de comer e sai.
Quando cheguei à escola Ryan estava, como já era habito, à minha espera no parque de estacionamento. Estacionei o carro e fui ter com eles.
Cumprimentei Ryan e os restantes.
- Ryan hoje talvez precise de ajuda para levar o computador.
No entanto quem respondeu foi Diane.
- Eu posso ajudar-te Sarah. Eu vou ter com Andrew e posso passar por tua casa antes.
- Hum, por mim tudo bem. – E sorri-lhe.
A campainha tocou e mais uma vez tivemos de ir para as aulas. Como começava a odiar aquele toque. Não tivera tempo nenhum para estar com Ryan, felizmente íamos ter uma aula conjunta.
Entramos e sentei-me com Ryan. Queria falar com ele sobre essa tarde mas o professor não acharia graça à nossa distracção. Quase como se conseguisse ler os meus pensamentos Ryan escreveu numa folha em branco.
“Hoje vais conhecer a minha família ;)”
“Achas que vão gostar de mim?”
“É impossível não gostarem meu amor.”
“Estou nervosa, não sei o que dizer!”
“Eu vou estar ao teu lado.”
“Eu sei.”
Sabia mesmo, no entanto estava nervosa. Já conhecia os irmãos de Ryan, e nenhum deles parecia desgostar de mim, mas e se os seus pais não gostassem de mim? Tentei afastar este pensamento da minha cabeça. Passei uma manha agradável. Tivera todas as aulas com Ryan que apesar dos últimos acontecimentos se encontrava especialmente bem disposto, em grande parte devido ao facto de ir conhecer os seus pais nessa tarde.
Quando cheguei a casa almocei pouco. Estava com um nó no estômago. Pouco depois apareceu a Diane que me ia ajudar a levar o computador até casa de Ryan. Diane já tinha ido a casa deles e conhecido os pais.
- Diane, como são os pais de Ryan?
- São fantásticos Sarah. Sei que estás nervosa, mas não precisas, vão adorar-te. – Respondeu Diane com um sorriso.
Fomos até casa deles que ficava num terreno afastado da cidade.
Quando lá chegamos Andrew, Anne e Ryan já nos esperavam à porta. Assim que paramos o carro Ryan abriu-me a porta e deu-me um beijo.
- Nervosa? – Perguntou ele com um sorriso trocista.
Abanei a cabeça e Ryan deu uma gargalhada.
Anne tirou o computador da bagageira do carro. Fiquei a olhar para ela, eu não tinha de facto muita força, no entanto ela pegou no computador como se fossem apenas alguns livros, sem esforço nenhum.
Ryan abraçou-me pela cintura e começou a levar-me para dentro. Da cozinha vinha um cheiro divinal a chocolate.
Ryan levou-nos de encontro ao cheiro. E vi quem reconheci como sendo Emily a cozinhar. Ao seu lado estava Victor.
Mal me viu Emily tirou o avental sujo e correu para me dar um abraço.
- Olá Sarah, se bem-vinda a nossa casa. O Ryan falou-nos muito de ti, tenho muito prazer em conhecer-te.
- O prazer é todo meu. – Disse com um sorriso amável.
- Olá Sarah, eu sou o Victor. Cumprimentava-te mas…- E mostrou-me as mãos sujas com chocolate.
- Não faz mal.
Emily era deveras simpática. Mas não sabia como enfrentar Peter.
Vindo de fora Peter entrou na cozinha com as mãos carregadas de cestas.
- Olá, tu deves ser a Sarah certo?
- Sim, sou.
- O Ryan não mentiu. És de facto linda. Eu sou o Peter. Se bem vinda.
Corei.
- Obrigado Peter.
Ryan apertou-me mais um pouco e piscou-me o olho.
- Anne já tem o computador. – Disse Ryan a Victor.
- Vou assim que me limpar.
Depois levou-me até cima. Entramos numa sala. Tinha sido decorada por alguém com extremo bom gosto. “Emily!” pensei.
Ao fundo, de costas, sentada num cadeirão branco estava Margaret.
- Margaret esta é a Sarah, a minha namorada.
A forma como Ryan o disse deixou-me orgulhosa.
- Olá Sarah. – Disse Margaret enquanto se levantava e vestia umas luvas, depois deu-me um aperto de mão. – Lamento ter de ir mas ligaram-me agora mesmo da clínica, é uma emergência.
- Não há problema, prazer em conhecer-te.
- Espero que um dia possamos conversar.
- Claro. – Disse eu devolvendo o sorriso de Margaret.
Depois Margaret saiu da sala. Virei-me para Ryan pus as mãos à volta do seu pescoço e beijei-o. Ryan agarrou-me pela cintura e puxou-me mais para si.
Não tinha custado assim tanto. Ryan afastou-me e sorriu-me.
Entretanto ouvi-mos Victor chamar de uma outra sala. Fomos até lá e Victor estava rodeado de equipamento electrónico.
- Deu um pouco de trabalho mas eu e a Anne conseguimos.
Ryan estava à minha frente e eu não conseguia ver. Depois afastou-se e agarrou-me.
Fiquei abismada com o que vi. Não conseguia crer no que os meus olhos viam.

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