O que achas dos excertos do novo "Danger in Heaven"?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Depois de termos feito todas as compras necessárias Diane levou-me de volta a casa. Diane estivera sempre muito bem-disposta durante a tarde, o que me fez desviar o pensamento dos problemas que iria ter com Louis.
Quando a Diane parou na minha entrada reparei que a luz da entrada estava ligada. Louis já estava em casa. Fiquei no carro enquanto Diane me agradecia a saída. Depois despedi-me e fui para casa.
Quando entrei Louis estava na cozinha. Cheirava divinamente bem. Louis cumprimentou-me com um sorriso caloroso e continuou a cozinhar.
Não estava à espera de toda esta simpatia por parte do meu pai.
- Pai, precisas de ajuda?
Louis olhou para mim. Ainda tinha os sacos na mão.
- Não Sarah. Porque não sobes para arrumares as tuas coisas e depois desces para jantar? Tenho tudo controlado por aqui.
Estava abismada. Era como se o meu pai tivesse esquecido tudo o que se passara nos dias anteriores.
Subi até ao meu quarto e arrumei tudo no devido lugar. Talvez o meu pai estivesse a guardar tudo para o jantar. Não acreditava que se tivesse esquecido. Era bom demais. Demorei mais tempo do que precisava, tentava adiar ao máximo o que sabia ser inevitável.
Por fim desci.
Louis tinha acabado de por a mesa e fez sinal para que me sentasse.
O jantar decorreu normalmente. Louis falava alegremente sobre o seu dia na oficina e perguntava, ocasionalmente, o que eu e a Diane tínhamos feito.
Quando acabamos não aguentei mais.
- Pai, o que querias de tarde falar comigo?
- Eu? Ah sim, pois. Isso…bom não era nada de importante. Bom, era sobre o Ryan, mas o pai dele, o Peter, ele passou lá pela oficina, com o seu BMW e na verdade parecem ser boas pessoas.
Então Ryan tinha, de facto, tratado de tudo. Tinha sido inteligente em ter levado Peter à oficina. Assim não havia como o meu pai não gostar deles.
Subi para o meu quarto e pensei em agradecer a Ryan. No entanto quando cheguei vi que tinha uma nova mensagem de Ryan.
“Consegues sair sem Louis perceber?”
Uau. Era a primeira vez que Ryan me deixara fazer algo do género, muito mais incentivar-me.
“Vou tentar” respondi-lhe.
Nessa noite estava agitada. Louis não demorou muito a ir para o quarto e não era ainda meia-noite e os seus roncos já ecoavam pela casa.
Faltava pouco para a uma da manha quando ouvi um barulho na minha janela. Ryan atirava pequenas pedras. Desci cuidadosamente e fiz o mínimo de barulho possível. Quando sai Ryan já se encontrava à entrada. Mal me virei ele agarrou-me a cintura e beijou-me. Este beijo era diferente, era quase como urgente, preocupado.
- Ryan? O que se passa? – Disse eu ainda ofegante.
- Nada meu amor. Vou levar-te a um sítio especial.
Entramos no carro e fomos. Estava um pouco cansada e não fazia a menor ideia para onde íamos, por isso, durante grande parte da viagem fui de olhos fechados.
Ryan levou-me a uma praia, era linda. Apenas a lua cheia nos iluminava. Passeamos em silêncio até que Ryan me abraçou. Queria perguntar-lhe o que se passava, porque claramente algo estava errado, mas estava embriagada com o seu perfume.
- Sarah? – Ryan colocou o meu rosto entre as suas mãos. – Eu amo-te! Sabes disso não sabes? Aconteça o que acontecer eu amo-te. Eu nunca, mas nunca te faria mal.
- Ryan o que se passa?
Ryan estava a sofrer e isso era claro. No entanto limitou-se a sorrir e a beijar-me.
Assustei-me com o toque do meu telemóvel. No entanto fiquei ainda mais assustada depois. Talvez Louis já tivesse acordado e dado pela minha ausência.
Tirei o telemóvel do bolso e olhei para o visor.

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